terça-feira, 27 de novembro de 2018

~~*~~ O SENHOR DOS ELEMENTOS ~~*~~


MERLIN, O MAGO

 Capaz de profetizar e viajar no tempo, a presença de Merlin pode ser detectada junto a famosos reis do império celta. Mas foram seus feitos ao lado do rei Arthur
 – tão legendário quanto ele – que se transformaram em histórias que o eternizaram.
Mais do que um druida e conselheiro, ele era um mago que tinha controle sobre os elementos da natureza e conhecia a arte de domar os “dragões de serpentes” que habitavam o subsolo através da colocação de menires e dolmens.


A história de Merlin, ainda que antiquíssima, chegou até nós graças à literatura do século XII de Geoffrey de Monmouth, cujo sobrenome era em realidade Arthur. Quando se estuda o mago Merlin, tem-se de colocar dentro do contexto da literatura celta tão apreciada na Idade Média. Não se trata, então, de explicar a vida de uma pessoa concreta, mas de mesclar, sob o nome de Merlin, múltiplas entidades, como por exemplo os druidas e bardos mais destacados da proto-história e da época cristã, junto a semideuses da mitologia, forças naturais e crenças personificadas. 

Merlin é também a soma dos conhecimentos astrológicos anteriores à idade média. Assim ao mesmo tempo, representa e simboliza a estrela Veja da constelação de Lira, valores alquímicos, paranormais e medicinais que restaram da cultura celta tão reprimida naquela época.

Não se deve duvidar de que a Tradição celta e pré-celta se transmitia oralmente entre alguns eleitos. Assim, logicamente, de geração em geração, as personagens se modernizaram, acumulando as últimas experiências dos bardos e druidas.

Embora Merlin tenha viajado através do tempo, também o fez no espaço, uma vez que sua história é contada na Bretanha, em Gales e na Escócia, sem falar de suas possíveis viagens com sua “casa de cristal”, quando soavam as nove harpas. Vemos aqui que dentro da iniciação celta os sons e as vibrações tinham grande importância. 

Quando o druida Kulhwec’h se apresentou na corte do rei Arthur, ele teve de provocar o guarda da entrada que lhe proibia a passagem, dizendo que lançaria três gritos que levariam à morte todos que os ouvissem. Não se trataria de uma iniciação parecida ao irrintzina vasco, ao Kiai dos japoneses, ao youc’ahdenn bretão, e inclusive às trombetas de Jericó?

Na cultura pré-celta da Irlanda, o semideus Dagda possuía um poder musical que o harmonizava com os homens, graças à pedra vibratória do destino de Fâl. Dagda conhecia três melodias: uma para fazer chorar, outra para fazer rir, e a terceira para provocar o sono sem que a música fosse monótona ou melancólica. Alguns músicos atuais das regiões celtas alcançam parcialmente efeitos parecidos, e quase sempre à harpa.

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